O processo é uma terapia que revisa toda a vida do participante de uma maneira muito intensa.
Começa buscando na infância e mais propriamente na vida com os pais ou pais substitutos, aquilo de negativo que foi transmitido consciente ou inconscientemente à criança, desviando-a de seu caminho espontâneo para cumprir com aquilo que era pedido ou mesmo exigido. Esta transmissão constitue-se numa verdadeira programação negativa que ocasiona uma separação de seu Ser verdadeiro e que conseqüentemente sustenta os conflitos no adulto.
Tais conflitos, vem a ser tudo aquilo que produz sofrimento, como por exemplo: dificuldades de relacionamento com o parceiro/a, consigo mesmo/a, com filhos, pais, amigos. Dificuldades com o trabalho, com o dinheiro, com o corpo. Problemas sexuais, problemas de auto-estima, de auto-imagem, doenças psicossomáticas, que acabam gerando angústia, tristeza, medo, agressão, culpa, depressão, sentimentos de inferioridade, frustrações, somatizações, etc.
Tudo isso que se traduz em sofrimento permanente e que é eventualmente minimizado através das compensações (álcool, drogas, comida, sexo compulsivo, trabalho compulsivo, consumismo etc.) que aliviam mas não resolvem, apenas servem para manter o ciclo negativo funcionante.
Tudo isso que impede o amor essencial de fluir, e para permitir que ele flua novamente é necessário atravessar camadas e mais camadas da negatividade introjetada. A terapia é, portanto, um processo de tomada de consciência às vezes muito doloroso, mas também muito compensador quando se realiza.
O objetivo é rever os padrões de comportamento mecânicos e inconscientes, para conhecer profundamente a sua origem e funcionamento, podendo assim desmontar os mecanismos negativos e assumir a verdade positiva que fica impedida de se manifestar – a causa do sofrimento. É poder ir de encontro à liberdade de assumir seus sentimentos próprios, suas atitudes, suas escolhas, sua própria vida, seja ela como for. É poder viver a vida de forma tranqüila, verdadeira, amorosa consigo mesmo/a e com os demais, a vida como é para ser vivida, recuperando o direito que se tem a isso.
Como o despertar da consciência não é um processo automático, nem tampouco espontâneo na condição humana, é preciso conhecer as condutas negativas já moduladas na personalidade, para poder despertar o propósito, a intenção positiva de trancesdência das formas materiais (bens, status, valores) que fixam e empobrecem o ego.
Quando se reconhece o funcionamento do ego criado nas condições da família de origem é que se dá a possibilidade de despertar a consciência essencial: O Ser que transcende a identificação egóica com a sua forma física e psicológica, o Ser que busca expressar em nós mesmos o reconhecimento da beleza, a manifestação dos sentimentos da alegria e do Amor.