Asmi Azelma Rodrigues

Depoimento da Asmi feito ao Correio Brasiliense
Envolvo-me em terapia alternativa desde quando eram técnicas olhadas com o nariz torcido, há mais de 20 anos. Ouvi falar sobre constelação dois anos atrás e me interessei justamente por ser inovador. Surpreendi-me com a forma simples, que a primeira vista parece que não vai dar em nada. O mágico para mim foi surgirem personagens que estavam ocultos, que eu desconhecia a existência e seus papéis na minha própria história, surgidos a partir das sensações e dos sentimentos que os meus representados apresentaram na sessão. Eu mesma representei a mãe morta de um rapaz que lhe revelou na terapia que era estrangeira. Ele mesmo sempre pensou que era brasileira, porque ela jamais contou sua origem.
É sempre dolorido ver sua família expondo coisas tão íntimas a estranhos, mas minha experiência com esse trabalho e de quem eu tenho assistido têm sido muito gratificantes pelos resultados de reconexão, digamos assim, de elos e amores rompidos. Consegui aceitar e abrir meu coração por meu pai que me abandonou quando eu tinha 10 meses, a quem eu não conseguia encarar ao reencontrar mais de 40 anos depois. Hoje temos uma relação de grandes amigos.
Vi uma moça que constelava buscando afastar o ex marido que a perseguia, ser surpreendida com o imenso abandono que ele sentia do pai. Ela saiu da sessão com uma grande compaixão e amor pelo seu perseguidor. Assistir a constelações familiares tem me levado a sentir como todos nós somos parecidos, praticamente passamos pelos mesmos sofrimentos e felicidades. Só mudam as formas, os lugares e os lares.
Azelma Rodrigues

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